Wednesday, April 15, 2009

Reencontrei-te.
Trocámos palavras, umas com mais sentido do que outras, partilhámos memórias e recuperámos a velha cumplicidade construída ao longo dos anos.
Fizeste-me percebe que alguém te roubou o lugar, o lugar que estava destinado para ti, mas tu não o quiseste. Houve alguém que decidiu lutar por ele, mostrar o quanto vale a força do Amor e até onde se pode chegar. E chegou. Chegou para me dizer que a pessoa que sou não podia ser desperdiçada em alguém que não chegou a dar o devido valor.
Alguém me conquistou. Alguém conquistou merecidamente e herculeamente este pedacinho vermelho que pensava ser teu.
Não chegou a ser. Já não será.
Desejo-te o melhor, a plenitude.

Adeus.

Friday, August 22, 2008

Rascunhos Revisited (2005)

"O dia de amanhã reserva-se sempre tão incerto que todas as certezas que possa ter são pura e simples flutuações do momento. Delírios tornados realidade, numa realidade fantasiosa.
Ditos e palavras tão sentidos, olvidados no minuto seguinte.
Afinal que podes ter tu no so called Love?
Delírios, puros delírios que em algumas pessoas são tratáveis e noutras incuráveis.
Em qual das categorias te encontras?"

Tuesday, August 19, 2008

Comunicação unidireccional

Eu - Deixar currículos.... ahã..Pois, sabes tive a pensar e vou concorrer a uma pós-graduação em blá-blá-blá-grande-treta.... grátis!
Ela (em tom crítico, incisivo e egocêntrico) - Sim, Patchouli, mas não te esqueças que tens 25 anos e está na altura de te tornares uma mulherzinha independente! Nós não te podemos sustentar mais!

...

Acredito que quem paga multas de 500 euros por entrar em sentido contrário na auto-estrada, só porque se esqueceu de tirar o ticket e na sua brilhante ideia, nada mais simples e directo como inverter a marcha para ir buscar um ticket, não tenha, de facto, possibilidade de me sustentar.

Monday, June 30, 2008

Into The Wild (2007)

Monday, June 23, 2008


Não te escrevo porque não posso, não devo.
Passam-me pelo corpo demasiados homens e em cada um deles encontro pedaços de ti, lembranças que perduram, luzes lusco-fuscos na penumbra das minhas memórias.
Não te escrevo porque não posso, não devo.
Sinto nos lábios sabores de outrora, amoras frescas que colhíamos, amor que fazíamos entre sonhos e ilusões.
Não te escrevo porque não posso, não devo.
Perdi a força e deixo-me levar por dois sorrisos e uma boa conversa, entre cigarros e pozinhos perlimpimpim. Agora sim, percebo-te. É difícil estar sozinho. É tão fácil cometer erros.
Não te escrevo porque não posso, não devo.
Transformei-me em algo até agora desconhecido em mim mesma. Estranho-me nas palavras, nos gestos, na velocidade com que me apaixono e desapaixono.
Não te escrevo porque não posso, não devo.
Digo-me e contradigo-me. Perco-me nos meus próprios pensamentos. Sinto demasiadas coisas, tantas que me fogem do papel, dançando à minha volta tal como crianças pueris.
Não te escrevo porque não posso, não devo.
Sinto-me agora num corpo que estranho, numa simbiose entre a menina e a mulher. Algo que tenho agarrado a mim, mas que ainda não me pertence por completo. Parece que às vezes tem força própria, uma força possante e intensa que domina o meu pensamento e me conduz à loucura.
Não te escrevo porque não posso, não devo.
Perco-me em outros braços para sentir algum calor do vazio que me deixaste.
Não te escrevo porque não posso.
Não devo.

Wednesday, May 14, 2008

Berlim tem destas coisas.

Eis se não quando, recebo uma mensagem electrónica, com a seguinte proposta:

"Bueno Gracias.
Pero por qué no vienen las portuguesas a pasarse una noche en casa, y nos tomamos unas cervezas y nos vamos a dormir al techo?
Que les parece ?
Besos.
Gustavo."



Que vos parece?

Friday, April 18, 2008

Mais conheço, mais confusa fico.
Troco palavras e experiências com semelhantes e toma-se uma vontade por mim a dentro de ficar, de tão depressa não voltar. Simultaneamente assombra-se-me a incerteza, a insegurança de quem ainda se sente pequena na personagem de adulto.

Desenho planos, esboço sonhos aspiro a algo que ainda não vislumbro, nem lhe reconheço a forma. A ambiguidade dos suspiros retratados numa melancolia de fim de tarde deixam-me desarmada.

Conseguirei desprender-me o suficiente do meu canto à beira mar plantado para aventurar-me pelo frio a leste?